sexta-feira, novembro 30, 2007

será que o mundo da arte vai libertá-la?

quinta-feira, novembro 29, 2007

(...) Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar (...) leia +
http://www.releituras.com/jsaramago_conto.asp

José Saramago

sexta-feira, novembro 23, 2007

Desejo para mim!

Amor Pra Recomeçar

Eu te desejo não parar tão cedo
Pois toda idade tem prazer e medo
E com os que erram feio e bastante
Que você consiga ser tolerante
Quando você ficar triste
Que seja por um dia, e não o ano inteiro
E que você descubra que rir é bom,
mas que rir de tudo é desespero

Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra recomeçar
Pra recomeçar
Eu te desejo, muitos amigos
Mas que em um você possa confiar
E que tenha até inimigos
Pra você não deixar de duvidar
Quando você ficar triste
Que seja por um dia, e não o ano inteiro
E que você descubra que rir é bom,
mas que rir de tudo é desespero
Desejo que você tenha quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra recomeçar
Pra recomeçar

Eu desejo que você ganhe dinheiro
Pois é preciso viver também
E que você diga a ele, pelo menos uma vez,
Quem é mesmo dono de quem

Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra recomeçar
Eu desejo que você tenha quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra recomeçar
(Frejat)

quinta-feira, novembro 22, 2007

Convite

Vejam que lindo que eu recebi!

Quando me ligaram do Colégio dos meus filhos convidando-me a participar do projeto “Os pais contam o conto” - um projeto de um cunho social, cujos valores arrecadados serão integralmente doados às instituições de caridade - para fazer o papel do Pinóquio na peça intitulada “As aventuras de Pinóquio na Amazônia”, confesso que fiquei meio inseguro acerca do “mico que poderia pagar”. Ademais, como iria arranjar “tempo” para os ensaios, fantasias, textos, etc...?
Contudo, refletindo mais um pouco observei que durante o processo educacional de nossas crianças, acabamos por cobrar-lhes muitos valores que, na maioria das vezes, por um motivo ou por outro, nós mesmos, enquanto pais e orientadores principais, não lhes repassamos.
Educação é exemplo!!! Isto é dito de forma retumbante por 10 entre 10 educadores e me parece não ser novidade para nós classe média, uma vez que nossos avós, isso já o repetiam. Chega a ser até mesmo um conhecimento...digamos, intrínseco.
O que corre é que, freqüentemente, estamos diante do óbvio e não o vemos. Repetir, falar, não é a mesma coisa que fazer, evidentemente.
Então, como cobrar de nossos filhos de que eles sejam dinâmicos, eficientes, corteses, ecologicamente e socialmente conscientes, se nós mesmos não o somos? Como cobrar de que eles tenham desenvoltura para falar em público, se nós mesmos não a temos e - se temos - não a demonstramos a eles? Como cobrar adultos seguros e equilibrados socialmente se nós mesmos não impomos os limites? Como cobrar responsabilidade social se nós mesmos não temos “tempo” para desenvolver nossos projetos imaginários e que nunca se concretizam? Como cobrar de que eles sejam os nossos “atores sociais” do 3º milênio, se não subimos no palco da vida e os ensinamos de verdade?
Gerar é fácil, e é bom...criar...bem, criar não é tão difícil...alimente-os bem, compre roupa da zoomp, sapato da nike, pague a escola, inglês, kumon, balet, natação, clube e você cria seus filhos com tranqüilidade... Mas, educar...ai são outros 500...Educar depende quase que exclusivamente de nós, do nosso esforço pessoal, da sensibilidade, do carinho, do amor incondicional que temos pelos pequenos, inclusive do amor que recebemos dos nossos pais, enfim, do nosso exemplo...e isso, meus queridos, não – é – fácil.
Então, resolvi ir e conferir a “estória” de Pinóquio e observei que a inspiração do criador do conto, Carlo Collodi, 1881, foi ainda mais maravilhosa do que se imagina.
Quantos Gepetos há no mundo? Quantos pais são capazes de vender seu próprio casaco em benefício do futuro do seu filho (na atualidade a maioria vende o seu precioso tempo)? Quantos ainda fazem isso, mas sem esquecer da importância dos limites, da educação e da cultura na vida dos deles? E quantos de nós não fomos, somos ou estamos um pouco Pinóquio?
O prólogo da “estória” é mais ou menos assim (Segundo Sandra Britto – Roteirista e diretora da Peça):
Pinóquio um boneco de madeira, que a princípio nem humano é, mas que aos poucos vai se transformando em um menino de verdade – é a tão almejada maturidade, despertada pelo amor incondicional do seu pai Gepeto – um marceneiro, capaz de vender seu próprio casaco e passar frio, só para dar a oportunidade para o menino de madeira estudar. E, lá se vai Pinóquio com o prazer demasiado de querer ser feliz sem pensar nas conseqüências dos seus atos, sem saber ao certo o que é o Bem ou o Mal, apenas seguindo, caminhando e caindo nas tentações provocadas pela astúcia da Raposa e do Gato. Como proteção, a Fada-Azul, deu-lhe de presente algo precioso, o Grilo-Falante, que não lhe impõe absolutamente nada, apenas lhe aconselha, numa sabedoria aliada a uma afetividade, que conduz, mas o deixa livre para decidi o que fazer. Pinóquio descobre que nem tudo pode ser como queremos, que podemos ser contrariados, que nem sempre a nossa vontade impera, que somos falíveis, possíveis de erros e acertos, somos duais, mas o que importa é a lição que tiramos de cada erro, o que fazemos depois. Pinóquio, o boneco de madeira que não sabia ao certo o que era o amor e sai do egoísmo, do egocentrismo para o altruísmo, sente medo, percebe o quanto errou, descobre o choro, a saudade... descobre, o valor do trabalho e o quanto é amado pelo pai e valoriza o amor, e ao salvar a vida de Gepeto, acaba por salvar a si mesmo: torna-se um menino de verdade, com critério, uma criança cheia, reflexo do sentimento mais nobre do qual foi criado: O amor!
Assim meus queridos amigos é que convido vocês a participarem junto conosco, quer no palco ou fora dele, desta doce aventura. O melhor de tudo isto será, se por qualquer relance, independentemente de sermos atores ou platéia, pudermos presenciar nos olhos de qualquer criança ali presente, a percepção de que, lá no fundo, este pequenino ser está aprendendo ludicamente as lições da vida.
Que este espetáculo seja um abrir de um livro infantil, cheio de olhares brilhantes, repletos de expectativas, um momento de alegria, otimismo, intimidade com nossos filhos, autoconhecimento, sem rabugices e com muita afetividade.
Participe !!!
Um grande abraço.

Paulo Ivan Borges
(Pai do Lucas Gabriel e do Matheus Vinícius)


Dias 24 (17:30 e 19:00) e 25 (17:00) de novembro no Teatro Margarida Schivasappa – No Centur
Ingressos antecipados no Colégio ou no Teatro.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Passeando aqui e ali acho ditos preciosos como esses:

"Sigo entre o medo da rejeição e o hábito da dor".

"E que eu me repita em minhas reticências..."

Eu sei o que significou isso pra mim. Se vocês quiserem perguntar pra ele o que ele quis dizer, podem ir lá http://divadoboemio.blogspot.com/

terça-feira, novembro 13, 2007



E foi naquela epoca...

A poesia chegou me procurando.

Eu nao sei, nao sei de onde ela veio,

se de um inverno ou de um rio.

Eu nao sei como nem quando.

Nao, nao eram vozes,

nao eram palavras, nem silêncio;

mas de uma rua eu fui chamado abruptamente

dos ramos da noite, dos outros,

no meio de um tiroteio violento,

e num retorno solitario la estava eu

sem um rosto... e ela me tocou.


Pablo Neruda

O (doce) Carteiro e o Poeta

Às vezes escrever não dá a dimensão do que eu sinto. Este filme pode ser expressado mais perfeitamente por um movimento em minhas mãos, que intencionalmente, refletem a leveza e a beleza que experenciei.
Não sou nenhuma crítica, quando eu vejo um filme eu não analiso, eu experencio, eu vivo, eu entro no filme, faço parte. E, muitas vezes, me passam despercebidos os detalhes técnicos. Mas como, ao viver, se pode olhar a técnica?
Conhecia já a poesia de Pablo Neruda. Num contato fugaz. Pois ao ler Pablo, preferi Pessoa. Não como forma de comparação. Até porque são incomparáveis. E sim, pelo meu momento mesmo.
Então meu irmão, que começa a descobrir o doce lado da poesia, foi ao meu quarto e resgatou Pablo. E então foi atrás do filme e pediu que eu assistisse. Demorei 3 dias pensando se eu ia ver ou não. E resolvi ver no domingo. Belo dia para um filme como esse.
E então, surpreendentemente, me peguei com o desejo imenso de ler mais Neruda. De conhecer mais.
O filme é leve. Em um tempo inexistente em minha realidade. Parece-me que no filme o tempo tinha seu ritmo próprio que não é o tempo de agora. Os olhares, as palavras, a música, o mar, os conflitos, todos esmiuçados com calma, no tempo que lhes era necessário.
Agora, lindo foi o ator que fez o carteiro, Massimo. Ele era tão bom, tão bom, que de repente me peguei pensando se, na "vida real", ele tinha aquele jeito mesmo e o confundi com o seu personagem.
Senti junto com ele sua angústia por uma vida melhor, um lugar melhor, a busca pelas palavras, pelas metáforas, a vontade de ser poeta, o desejo de conquistar o amor, a febre de uma paixão, as desilusões pelas expectativas, a busca pela conquista de um mundo melhor. O carteiro (que acho que se chamava Mário no filme) que tinha somente um destinatário, conseguiu dar uma nova amplitude em sua vida ao se entregar para o que a vida lhe acenava.
Duas cenas me foram tocantes: uma quando Pablo diz à ele que ele tinha "roubado" uma poesia dele e ele diz que a poesia não é de quem a escreve e sim, de quem necessita dela. P E R F E I T O. Isto é falado com tanta simplicidade e sabedoria que Pablo se cala diante de sua sinceridade e angústia. A poesia não é de quem a escreve e sim de quem necessita dela. O que mais na vida é assim?
Uma outra cena quando Pablo diz que está com problemas com a água e Mário responde: vc tem água? Ele diz: não. Então Mário diz: ah então não é problema!
A realidade do vilarejo é a falta d´água, se Pablo tivesse água isso seria problema. Perfeito. A realidade de cada um é o seu retrato da perfeição (mesmo que seja imperfeito para outros).
Bem, chorei que me acabei no final, quando infelizmente Pablo não manteve o contato que Mário ansiava, e, depois de muitos anos resolve visitá-lo e a esposa diz que ele falecera. Chorei, chorei pela sua expectativa não realizada, chorei pelo seu amor que ficou não correspondido, chorei pela sua esperança (espera) que foi contemplada quando ele não mais estava lá para ver, chorei pela violência da forma como ele morreu e devo, em algum nível, ter chorado por mim também.
Então, não contente, fui ver os extras do filme e então, eis que vem a notícia de que o ator que fez o carteiro morreu ou durante o filme ou no final das filmagens. E aí eu chorei de novo, e experenciei um sentimento de pesar por ele que eu nem conhecia. Mas que, ao viver e morrer pela sua arte, me fez renascer de alguma forma.

segunda-feira, novembro 12, 2007

"Consentir com a própria morte e renascer, não é fácil!" (Perls)

Sem comentários...eles estão povoando e gritando na minha mente..então quando eu conseguir organizá-los, eu vou colocando aqui.

domingo, novembro 11, 2007

IRA

Ontem foi o dia dos consertos. 4 calças na costureira pra fazer a bainha... e sapatos no sapateiro. Um deles tive que mandar refazer a banda do sapato pois a Lola adorou comê-la. Quando estava andando na rua entre um sapateiro e outro, passo por um grupo de pessoas e um homem muito exaltado exclamava:
- Eu mato ele!!! Eu degolo ele aqui mesmo na rua e ainda bebo o sangue dele!!! Ele vai ver como eu sou homem!!!
Quase que eu paro e digo: homem não né? Mas aí a degolada seria eu...Gracinhas idiotas a parte.
Levei um choque. E as palavras dele ficaram ressoando na minha mente.
Me digam: o que está acontecendo? Ou melhor o que sempre aconteceu com o homem? Onde foi que se errou a receita?

sábado, novembro 10, 2007

Já mandei consertar meu relógio.....mesmo assim....

“Foge o irrecuperável tempo”,
dizia o poeta latino Virgílio (70-19 a.C.).
Uma amiga me enviou isso e eu gostei, coloco aqui:

Anjo louro, deixe o lado filosófico da psicologia e admita....
Fantasiamos e mergulhamos pra dentro, logo, o que fantasiamos não pode estar associado a responsabilidades, transferência de sentimentos ou até mesmo a "culpa".
É eu sei que a indecisão é uma sombra....eu sei...

E eu respondi:
ainda bem que o que fantasiamos n pode estar associado a responsabilidades...acho que só aí poderemos, se dermos conta, ser LIVRES!!!
A indecisão é uma sombra mas tb é apego...