quinta-feira, fevereiro 05, 2015

(re)descobrindo...

Ninguém vai ler isso aqui... primeiro pensamento que me vem...mas pra mim isso não é de suma importância já que fazendo jus ao título do blog eu passeio entre a vergonha do que escrevo e a semvergonhice de apertar no "publicar"... na verdade o que mais importa é escrever...Sinto um comichão nas mãos e na cabeça... muitas coisas me vêem a mente enquanto ando por aí... as vezes uma coisa escrita num muro... as vezes um pensamento que me assalta e toma forma e depois desapego porque sei que esquecerei... minha memória continua que nem trapos velhos, como diria alguma escritora que já citei aqui... e que já esqueci... as vezes é um assunto que entra numa roda de amigos... e agora me lembro que ontem eu saí para um aniversário num bar aqui em Belém... e para minha surpresa estava rolando um show e o cantor fixado nas músicas do Chico Buarque, e (re)descobri espantada o quanto amo Chico Buarque e o quanto tinha esquecido dele... o quanto ainda sei as músicas dele e o quanto as letras são geniais... minha amiga que estava comigo, me apresentou a música resposta ao "cotidiano", "cantada pela mulher" do cara que acho que reclama que todo dia ela faz tudo sempre igual... essa música que já embalou uma época da minha vida... também saindo de Chico, entra Gil e Drão... sempre achei linda a música, nunca parei realmente pra me debruçar sobre a letra, até ontem a minha amiga, muito ligada em música, me contar a história de Drão e terminei arrepiada e muito mais fã de Gilberto Gil... eu que achei que já tinha determinado minhas preferências e suas intensidades... Isso é uma das coisas que mais me empolga na vida... esse redescobrimento de mim... das coisas da vida... isso é uma espécie de ganho secundário para a falta de memória, eu realmente me espanto e me encanto várias outras vezes com as mesmas coisas... E assim me deleitei a noite toda... escutando aquelas músicas como se fossem a primeira vez... e desejando... 


terça-feira, julho 17, 2012



Uma mulher não perdoa uma única coisa no homem: que ele não ame com coragem. Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos, jogar futebol no sábado com os amigos, soltar gargalhada de hiena, pentear-se com franjinha, ter pêlos nas costas e no pescoço, usar palito de dente, trocar os talheres de um momento para outro. Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem.
Amar com coragem não é viver com coragem. É bem mais do que estar aí. Amar com coragem não é questão de estilo, de gosto, de opinião. Não se adquire com a família, surge de uma decisão solitária. Amar com coragem é caráter. Vem de uma obstinação que supera a lealdade. Vem de uma incompetência de ser diferente. Amar para valer, para dar torcicolo. Não encontrar uma desculpa ou um pretexto para se adaptar, para fugir, para não nadar até o começo do corpo. Não usar atenuantes como “estou confuso”. Não se diminuir com a insegurança, mas se aumentar com a insegurança. Não se retrair perante os pais. Não desmarcar um amor pela amizade. Não esquecer de comentar pelo receio de ser incompreendido. Não esquecer de repetir pela ânsia da claridade. Amar como se não houvesse tempo de amar. Amar esquisito, de lado, ainda amar. Amar atrasado, com a respiração antecipando o beijo. Amar com fúria, com o recalque de não ter sido assim antes. Amar decidido, obcecado, como quem troca de identidade e parte a um longo exílio. Amar como quem volta de um longo exílio.
(…) Amar com coragem, só isso.

Fabrício Carpinejar

quarta-feira, julho 04, 2012



"Um lugar pro coração pousar
Um endereço que frequente sem morar
Ali na esquina do sonho com a razão
No centro do peito, no largo da ilusão"
Carlinhos Brown


sexta-feira, junho 29, 2012


O tema amor e relacionamentos andam rodeando os meus dias. Quer dizer, sempre rodearam e de uns tempos pra cá mais ainda, mas nessa última semana eles estiveram presentes em quase tudo que me rodeia...tal qual soltar formigas em cima de um bolo de chocolate... e que vontade que me deu agora... de quase tudo isso: amor, relacionamento e bolo de chocolate...de formigas não.

Então, como está me rodeando, e parece que falo como se eu nada tivesse a ver com isso, tudo está me inspirando amor... a música que toca, o que vejo, o que penso e agora, no que escrevo.

Mas hoje foi, inclusive, no que vi. Ando por ruas feias para ir ao trabalho. Infelizmente moro numa cidade que não é, de todo, bonita, apesar de muito charmosa. Mas meu caminho para o trabalho é feio. Invejo muito as pessoas que tem o mar, montanhas, cores, casas bonitas em seus caminhos para o trabalho. Eu não tenho isso.

Porém, mesmo com feiúra, hoje vi uma cena linda. Eu, parada em um sinal, olho para a calçada e vejo: um casal de idosos, porém ainda bem jovens, estavam se despedindo, ela lhe dá um beijo e segue, toda bonitona, atravessando a rua sem olhar para trás...ele, se estica e fica seguindo obstinadamente cada movimento dela com os olhos. Parecia que não existia mais nada para ele... Ela então, sobe na calçada oposta e vira-se, como se ela tivesse a certeza que ele estaria lá, olhando para ela. Tal quando acreditamos e sentimos que somos amadas, ela vira-se e acena pra ele, ela sabia que ele estaria lá e isso é tão bonito... ele, como que recompensado pelo seu olhar obstinado, acena então para ela. Então, o sinal abriu e eu fui seguir meu caminho...

segunda-feira, junho 25, 2012


às vezes...o caminho que queremos percorrer...surge a nossa frente. Mas, às vezes... atrapalhamos os passos, tropeçamos, e, às vezes até procuramos um atalho e perdemos o caminho... Então...sem saber para onde e como ir...paramos...olhamos ao redor... olhamos para dentro... e conseguimos, às vezes, ver os sinais para voltarmos ao caminho.... agora, com mais cuidado e mais tranquilidade... Porém, não no tempo que achavámos certo, mas agora...em outro tempo... o tempo possível.
 (23/06/2012 - no curso de CF)


segunda-feira, junho 04, 2012


Eu não pretendo ser divina. Gosto de ser mundana. Cultivo meus defeitos... de alguns, até gosto.
(30.04.2012)

sexta-feira, maio 18, 2012





O vazio é a emoção disfarçada de nada...