terça-feira, março 29, 2011

Para a mamãe...


Mãe,


Hoje nos encontramos em um tipo diferente de aniversário teu. 01 ano. 01 ano que você se foi. E me vem a cabeça a imagem de uma criança de um ano, que ainda está descobrindo o mundo e se assustando com as coisas novas, sentindo, muitas vezes chorando, muitas vezes se alegrando, a criança nessa fase, é só vida. E é assim mãe que passamos esse ano, voltamos a ter as emoções desta criança: foram muitos os momentos que nos assustamos, ao passar o ano inteiro sem você, todas as datas foram como se tivessem sido pela primeira vez. Os nossos primeiros aniversários sem você, os primeiros telefonemas que não lhe damos e não recebemos, o primeiro Natal e Reveillon, os primeiros sucessos que não compartilhamos, os primeiros conselhos que não recebemos, o primeiro dia das mães que não tivemos, enfim mãe, os primeiros 365 dias sem você. Tudo foi visto sob um novo olhar. O olhar da tua ausência, não da tua falta, pois não tem nem como já que a tua presença viva ainda é imensurável para todos nós.


Você não tem ideia de quantas homenagens você recebeu, de todas as manifestações de carinho que recebemos em teu nome, de abraços que recebemos enviados à ti. Você não tem idéia de quantas pessoas declararam amor, gratidão, admiração, amizade...


Não teve um dia que não pensamos em ti. Não teve um dia que não vimos em nossas mentes a imagem do teu sorriso, não teve um dia que não escutamos tua voz. Não teve um dia que não falamos contigo mentalmente te contando o que contaríamos se ainda estivesses aqui.


Mas também mãe, ao passar dos dias, a nossa fé se transformou e nos deu como presente, a resignação. Estamos resignados, pois sabemos que, com certeza, com os teus méritos, estás num lugar de paz e que no final, todos nós voltaremos a nos reencontrar. Deus tem sido muito generoso com a gente na tua ausência.


E só temos o que agradecer à Ele por ter nos dado a oportunidade de compartilharmos a nossa vida contigo como teus filhos muito amados.


Nós te amamos.


Seus filhos, Andréa, Luciana, Patricia e Robertinho
Em, 27/03/2011

quinta-feira, março 17, 2011

quarta-feira, março 16, 2011

Um corpo como menino....Meu corpo como menina...


Segunda eu comecei a fazer acupuntura. Levei mais ou menos umas 9 agulhadas. Foi bom, meu pé ficou dando choque. Gostei.
Estou fazendo pra dor. Quero me anestesiar. Meu corpo anda dolorido, pode ser por tudo: excesso de peso, má postura, noites mal dormidas, colchão velho, sandálias de salto, fibromialgia, artrose, artrite (não que eu tenha essas 3 últimas coisas) apenas que, se eu for em cada especialista terei um veredicto diferente.
Se pararmos pra pensar, tudo pode causar dor.
E cansei, resolvi que iria tentar melhorar. Fui fazer acupuntura. No dia seguinte, já vi sinais de melhoras, foi quando tive a seguinte conversa com um amigo:
  • Marcus, comecei a fazer acupuntura...
  • Foi???? porque???
  • pra dor...
  • E tu sentes dor???
  • Sinto...
  • Eu não sabia..eu já estava pensando que irias dizer que a tua vizinha sente dor e então foste fazer já pra garantir... (bem hipocondríaco isso)
  • Eras, tu me achas tão hipocondríaca assim?
  • Não...não...(fez-se um silêncio estranho) então, ele continua: - onde tu sentes dor?
  • Na coluna, dei um jeito dormindo...e no pé...sabes que já começou a funcionar? Todos os dias de manhã eu acordo entrevada, dura, com dor...
  • (me interrompendo)...ahhhh Lu, mas isso é assim mesmo, é da idade já...
  • (assustada, pois ele é atleta) tu também sentes? Acordas assim?
  • Sim, acordo todo entrevado...(não foi bem essa palavra que ele usou, mas para evitar trocadilhos, coisa que estou aprendendo com um outro amigo, eu troquei a palavra)
    (01 minuto de silêncio de alívio só por saber que ele, atleta, sente o mesmo..)
  • continuo: então... hoje eu acordei diferente, já não mais tão entrevada e sem dor.
  • Rsss..foi mesmo? Sabes o que eu acho? Acho que nosso corpo é um menino carente que fica querendo chamar a atenção. Então qualquer atenção que damos pra ele, ele fica lá...todo feliz...
    Por mim a conversa encerraria ali. Sabe quando você nunca mais escutou algo novo e de repente vem algo assim tão singelo, tão inesperado? Foi a melhor analogia que já escutei... e hoje acordei pensando: como melhorar a carência desta criança que é meu corpo.
    Obrigada Marcus.