quarta-feira, setembro 19, 2007

Estou resgatando alguns textos meus antigos pra publicar aqui. Lá vai:

É muito tênue a diferença entre se sentir livre e se sentir abandonada: uma educação sem limites gera na criança uma sensação de abandono provinda do descaso de permitir tudo, dar tudo e etc... muitas vezes, com a intenção de não negar para não ferir a criança, podemos passar uma mensagem de que realmente não nos importamos com quaisquer coisas que estejam fazendo ou querendo. Simplesmente provemos e as deixamos sós. O não limite não é só a falta de educação e não gera somente seres mal-educados, o não limite é o abandono e gera seres carente de tudo, de base, de nutrição que é o amor materno (amor da família), vínculo, não se estabelecem vínculos, então para quê se enquadrar, cumprir regras, normas, estabelecer outros vínculos. Muitas vezes o ser gerado através da educação sem limites só quer se sentir querido, amado, útil em seu lar, em seu papel e não um estorvo, onde qualquer um de seus desejos são supridos para que páre de incomodar, para que se cale e se contente, já não conseguiu tudo o que queria?!? Na cabeça dos pais sim! Mas o básico, companhia, a sensação de aconchego, de pertencência não! E a sensação de abandono é esmagadora.
Há aí uma falta de sensibilidade, de diálogo, de boa vontade..
Quando as pessoas pararem somente de olhar para os seus próprios umbigos e começarem a treinar a empatia como forma de se colocar no lugar do outro, o que não quer dizer viver a vida do outro, aí então será desenvolvida essa sensibilidade e quem sabe a educação será transformada e transformadora?!?
(em, 09/01/2001)

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