sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Existe uma Vitalidade, uma Força Vital, uma Energia, uma Vivacidade que é Traduzida em Ação por Seu Intermédio, e como em Todos os Tempos só Existiu uma Pessoa como Você, Essa Expressão é Única, Se Você a Bloquear Ela Jamais Voltará a se Manifestar por Intermédio de Qualquer Outra Pessoa, e Se Perdera.
Martha Ghahan


Dançando no Fluir do Tempo

Trabalhar com a improvisação – no universo das artes – é estar no campo da entrega. Improvisar é aceitar a cada respiração, a transitoriedade e a eternidade. Podemos até programar o que vai acontecer no dia seguinte ou no momento seguinte, mas não sabemos se vai acontecer e como poderá acontecer. Na medida em que nos sentimos seguros do que vai acontecer trancamos as possibilidades futuras, nos isolamos e nos defendemos contra as surpresas essenciais, tão importantes para o processo de criação artística. Entregar-se significa cultivar uma atitude de não saber, nutrir-se do mistério continuo em cada momento, que é certamente surpreendente, e sempre novo. Quando nos livramos das idéias preconcebidas que nos cegam, somos vitalmente impulsionados por cada circunstância a viver o momento presente: o presente total, e nada mais do que o presente. Não apenas uma idéia, mas uma questão de vida ou morte, a partir do qual podemos aprender a confiar, acreditar que o mundo é uma perpetua surpresa em perpetuo movimento, um convite à criação.
Qualquer bom artista (ator – dançarino), possui inúmeros truques que pode servir quando se sente em situação de risco. Mas para improvisar você precisa abandonar esses truques, entrar no vazio e aceitar riscos, ate mesmo de dar com a cara no chão de vez em quando, só assim podemos levantar e seguir em frente. A vida criativa é uma vida de riscos. Nada voltará a correr da mesma maneira, tudo acontece apenas uma única vez na história do universo.

(a Querida Lika me enviou esse texto...achei magnífico).

0 desavergonhados: